POEMA SEM NOME #1

Eu sou terra, eu sou fogo. 
Sou cão, sou lobo.
Me atirem no "foço"
Libertem o moço
Não há esboço
que eu não saiba interpretar.
Teve rima sofrida
Palavra amiga
Criança perdida
Ave Maria!
Não era isso que eu queria?
Fiz a prece,
Descartei os pé de breque
Subi a diocese
Me enrosquei em quermesse
Pedi pros sonhos que se apressem
Na ventania me envergaram
Pensaram que me envergonharam
Mas de cima ouviram um raio
Sozinha sei que não me valho
Pedi ajuda pros antepassados
E quando de lá resposta ouvi
Logo eu sorri
Sozinha, eu sabia, nunca estive
E aos que tentaram cegar o destino
Logo viram que se perdiam
Enquanto queriam meu grito
Andavam vendados ao abismo
Hoje não fui vencido
Tentada como Jesus Cristo,
Mas nunca fui esquecido
Nas linhas tênues
De uma solidão em afinco.

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